Estradas
"A real conectividade é mais complexa do que a grade de fibras que estamos vendo agora, mas não sabemos o quão mais complexa", disse o pesquisador à Folha.
Uma boa parte do dinheiro para a pesquisa saiu do Programa Conectoma Humano, cujo objetivo é criar tecnologias de imagem cerebral não invasivas e capazes de enxergar padrões cerebrais úteis para a psiquiatria. Não é uma tarefa simples, e ainda está longe de se mostrar viável, reconhece Wedeen.
"Cientistas com uma boa máquina de ressonância magnética funcional hoje conseguem diferenciar uma população de pessoas deprimidas de uma população de pessoas não deprimidas, mas isso depende de estatística", explica. "Ainda não é possível diferenciar um indivíduo com depressão de um indivíduo sem o transtorno."
Para compensar a imprecisão, o Projeto Conectoma também busca analisar com mais detalhes a estrutura do cérebro humano e relacioná-la com a influência que diferenças no DNA das pessoas exercem sobre o órgão.
Para Wedeen, o projeto é uma aposta "arriscada", porque ninguém sabe se o conhecimento adquirido será confiável o suficiente para uso clínico. Mas o novo trabalho dá um passo nessa