Estética: introdução conceitual A palavra estética em si vem do grego aisthesis que queria dizer “faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos” e “percepção totalizante”. Assim, quando usada no campo da filosofia, é ligada à noção de beleza voltando-se também para teorias de criação e percepção artísticas. Quando usada no campo das artes e design designa um conjunto de características formais que quer dizer também estilo. No uso vulgar, estética como substantivo diz respeito à beleza física, e como adjetivo tem sempre relação com o agradável e geralmente com algo considerado belo. A definição do que é belo é uma questão que vem sendo abordada de diversas formas desde Platão. Este acreditava numa beleza ideal que deveria sempre ser ambicionada. No Classicismo havia regras para o fazer artístico objetivando atingir o tal ideal de beleza. Já filósofos empiristas acreditam na relatividade da beleza por depender do gosto de cada um. Mais adiante dos empiristas, temos Kant fazendo um juízo mediando as filosofias antagônicas acima mencionadas ao afirmar que belo é “aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente”, não podendo então haver regras para produzí-lo. Hegel, ainda mais tarde, mostra que “a beleza muda de face e aspecto através dos tempos” dependendo da cultura e visão dos tempos. Atualmente consideramos belo algo singular que atinge seus objetivos e é autêntico, carregando “um significado que só pode ser percebido na experiênica estética”. Por essa definição, um objeto então só será feio quando não realizar seu objetivo de forma satisfatória e autêntica, pois a arte, a partir do séc. XIX “tem por função revelar possibilidades do real” e não de passar somente sensações agradáveis já que não é a única possibilidade de reação existente. Assim, devemos estar abertos ao conhecimento de possibilidades sendo imparciais e evitando julgamentos preconceituosos derivados de nossas particulares