estetica e filosofia
O trabalho que apresentamos é uma análise que se inscreve na perspectiva dos Estudos Culturais e tem como objeto de investigação as representações de tempo e espaço constituídas nas narrativas do filme hollywoodiano Sociedade dos Poetas Mortos. Confrontar estas representações com as concepções de tempo e espaço da Modernidade e da Pós-modernidade pode contribuir para que questionemos os tempos e espaços escolares da escola atual. Os autores e autoras utilizados/as na análise desenvolvem seus estudos a partir do que se tem denominado de estudos pós-estruturalistas ou da “virada lingüística”.
REPRESENTAÇÕES DE ESPAÇO E TEMPO ESCOLARES NO FILME SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS.
Arlete M. Feijó Salcides Elí T. Henn Fabris
Este trabalho é um exercício de análise que se constitui em uma tentativa de inscrever uma produção cinematográfica no campo de abordagens dos Estudos Culturais e, assim, compreender o cinema como prática social, ou seja, analisar, segundo Turner (1997), os meios pelos quais os significados sociais são gerados pela cultura através das representações dos modos de vida e sistema de valores de uma sociedade.
Diferentemente de uma concepção essencializada e estática de cultura, buscaremos problematizar o significado entendido como propriedade do texto fílmico demonstrando que qualquer compreensão que se tenha dele não é fixa ou imutável, uma vez que o cinema não está aqui sendo considerado como espelho da realidade e, sim, como qualquer outro meio de representação que constrói e representa seus quadros de realidade por meio de códigos, mitos, convenções, ideologias de uma cultura, bem como práticas de significação. Isso equivale a dizer que é através do processo de significação que construímos nossa posição de sujeito social e nossa identidade cultural e que procuramos construir a posição dos outros. Assim, representar é significar algo. Implica impor significados particulares, próprios