Estetica do cinema
Disciplina: Estética e Linguagem Audiovisual
Aluno: Bruno Nunes
Professor: Cléber Carminati
Estética do Cinema
Capítulo II – Os signos de uma escrita.
Os Elementos de uma linguagem.
* O tempo:
O domínio da escala do tempo é um dos procedimentos mais notáveis do cinema: na tela, a duração de um fenômeno pode ser, à vontade, interrompida, alongada, encurtada e até mesmo invertida.
1. A câmera lenta – Esse procedimento permite colocar em evidência a beleza de um gesto ou a elegância de uma atitude. Além disse, demonstrou-se que o efeito da câmera lenta provoca muitas vezes a adesão completa do espectador, um recuo de sua consciência, acompanhado de reações afetivas diversas e às vezes psicomotoras. A câmera lenta pode sugerir imagens de paz, de resignação, de esforço intenso e contínuo, de impotência, ou, ao contrário, de potência. 2. A câmera rápida – Os cientistas usam com frequência a técnica da câmera rápida ou da câmera ultrarrápida nos seus estudos sobre fenômenos lentos: processos de cristalização, crescimento vegetal ou animal, divisão dos ovos e células, desenvolvimento de embriões, corrosão de metais, etc. Graças à técnica da câmera rápida, é possível criar inúmeros efeitos cômicos, e mesmo as cenas mais dramáticas ou mais dolorosas podem provocar risos ou tornarem-se francamente cômicas: produz-se no espectador um rebaixamento da tensão psíquica, resultante da sensação de uma espécie de degradação sem gravidade das pessoas e das coisas. 3. A interrupção do movimento – O cinema é essencialmente movimento. A vida é dissimetria, desequilíbrio, movimento: caracteriza-se pela mobilidade, pela atividade, pelo dinamismo, não pode ser suspensa. O comportamento humano não admite equilíbrio na ausência de movimento. A interrupção do movimento não tem, portanto, nenhum sentido físico ou psicológico. 4. Inversão do movimento – Uma das possibilidades mais notáveis do cinema é a que permite que