GrindHouse Cinema Trash e sua estética

O cinema trash do gênero grindhouse e sua influência na forma e estilo das produções contemporâneas - uma investigação sobre o belo e o feio no cinema e suas estéticas.
Introdução e breve justificativa
A estética suja no cinema ganhou (e vêm ganhando) cada vez mais espaço entre os produtores e estudiosos da setima arte. Através das modificações tecnológicas e culturais recentes, podemos avaliar essa cultura como um consumo consciente, por parte de determinadas comunidades cinéfilas, de produtos audiovisuais notoriamente desqualificados pela cultura oficial e, quase sempre, ligados a um sistema de produção que fica (tanto estética quanto economicamente) à margem da grande indústria do cinema e do cinema de arte/experimental.
Neste ponto chegamos aos chamados filmes GrindHouse, termo utilizado nos EUA para definir salas de cinema que exibiam filmes do tipo exploitation, na década de 1970 e 1980. O espectador pagava barato e assitia uma sessão dupla com filmes característicos por apresentarem sexo, violência e temas bizarros, normalmente em filmes de terror, filmes B de kung fu, com uma temática bastante grotesca e estética, linguagem e formas ditas "sujas". Eram produção de baixíssimo orçamento as quais vendiam o que não era explorado pelos grandes estúdios.
Alguns diretores da atualidade utilizam muito essa estética tosca em seus aclamados filmes. Quentin Tarantino e o Robert Rodrigues são bons exemplos desses cineastas. Os dois se firmaram em Hollywood e a critica sempre elogia seus trabalhos, mesmo tendo tantas referencia a filmes B (trash) em suas produções. Se esses diretores utilizam essas referências e ainda assim são aclamados, porque chamar de tosco, feio e sujo tais formas estéticas?
Hoje, o trash perdeu sua principal característica, o baixo custo, para se tornar uma estética cinematográfica. Há algum tempo, os diretores tinham pouco dinheiro para fazer filme e com isso o compromisso de gravar sucessos de bilheteria era mínimo. Atualmente, os cineastas