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Homilia para o Dia Mundial da Paz, 01-01-2012

Com Maria, rumo à paz e à fraternidade

O primeiro dia do ano é dedicado à paz e à fraternidade universal. É dia de desejar Feliz Ano Novo. É dia de trocar sorrisos, abraços e presentes. É festa. A Igreja propõe, para esse dia, um modelo de paz e de fraternidade, Maria, a mãe de Jesus. Hoje é dia de paz e de fraternidade universal, para lembrar que este é nosso desejo para todos os dias do ano que ora se inicia. Se pedimos paz, é porque há guerra. No ano que passou, nosso mundo não conseguiu viver, de fato, o seu dia de paz. Falta enxugar muitas lágrimas e secar muito sangue, derramados pela estupidez humana. Que bom se pudéssemos passar um grande apagador para limpar os borrões da violência pelo mundo. Os noticiários nos bombardearam diariamente com notícias de guerra. Os países fortes continuam brincando de jogar bombas nos outros. Prisioneiros de guerra são torturados. Outras vítimas são degoladas. Crianças são feitas reféns e vítimas de explosões. Há violência. Há terrorismo. Há assaltos. Ah! Quanta falta de paz! Para o dia mundial da paz, o Evangelho nos propõe uma cena de ternura: “Maria, José e o recém-nascido deitado na manjedoura” (Lc 2,16). Quem não se comove ao ver uma criancinha cercada pelo apoio da mamãe e do papai? É a cena que se repete, a cada nova vida que desponta. É o mistério da encarnação de Deus, que se faz um de nós para nos trazer a paz. É a imagem do presépio, ainda armado em nossas igrejas e em nossas casas, para prolongar o espírito natalino. Lucas nos diz que os primeiros a receber a mensagem do nascimento de Jesus foram os pastores. Esse fato é significativo, porque pastores representam a gente humilde, pobre e marginalizada da época. Pastores eram até mal vistos, pois circulavam com seus rebanhos pelos terrenos dos outros e andavam sujos, pelos campos, cuidando de ovelhas e cabritos. Aos pastores, símbolos das pessoas excluídas, revela-se, em primeiro lugar, o Salvador. A