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Introdução à Sociologia - Profa. Dra. Valquiria Padilha - 2012
HARVEY, David, O enigma do capital e as crises do capitalismo, SP: Boitempo, 2011.
Resumo do Capítulo 8: Que fazer? E quem vai fazê-lo?
Dizer que a classe capitalista e o capitalismo podem sobreviver não significa que eles estão predestinados a isso nem que seu caráter futuro está determinado. As crises são momentos de paradoxo e possibilidades, das quais todo tipo de alternativas, incluindo socialistas e anticapitalistas, podem surgir. A existência de rachaduras no edifício ideológico não significa que está definitivamente quebrado. Até agora, a crença nas ideias da ideologia do livre-mercado não se abalaram demais. Não há indicação de que as pessoas nos países capitalistas avançados estejam buscando mudanças radicais em seus estilos de vida, por mais que muitos reconheçam que têm de economizar um pouco aqui ou poupar mais ali. Não parece haver movimento na América do Norte ou Europa que abrace mudanças radicais e profundas. A classe capitalista tem de convencer-nos que o capitalismo não é só bom para eles, mas bom para todos nós. Por isso, aponta para os 250 anos de crescimento contínuo e diz que não há nenhuma razão para que isso tudo acabe. De fato, há sinais preocupantes de que a crise ainda vai correr seu curso e de que a terra prometida da acumulação de capital sem fim vai continuar iludindo a todos. Vale lembrar que o número de bilionários da Índia dobrou no meio da crise de 2008/2009. Mas, quais são as alternativas? O socialismo e o comunismo povoam há tempos a mente de muitos que possuem esperança na busca coletiva de uma vida melhor para todos. O socialismo, de um lado, visa dar o controle do fluxo do capital ao Estado e distribuir a riqueza por meio da tributação progressiva. O comunismo, de outro lado, pretende deslocar o capitalismo com a criação de um modo completamente diferente da produção e distribuição de bens e