Estamira
Nós moramos em um mundo com muitas diversidades, aprendemos ou copiamos dos adultos que os pensamentos devem ficar dentro das nossas cabeças, devemos selecionar pensamentos e não devemos dizer tudo que pensamos, porque vivemos em uma sociedade; nem todos estão abertos para críticas, se tivermos esse alto controle somos classificados pessoas normais.
Todos nós temos um pouco de loucura, isso não fica evidente porque não dizemos tudo o que pensamos.
ESTAMIRA não consegue controlar os pensamentos e sentimentos solta tudo no verbo.
O filme mostra a dificuldade da família para lidar com o problema aliás, nem os governantes tem estruturas para lidarem com doenças mentais, a própria ESTAMIRA diz; -como é possível pessoas com doenças diferentes serem tratadas com um mesmo medicamento.
O problema apresentado em ESTAMIRA já vem da genética familiar, não ficou claro de onde originou a doença, pois a mãe já apresentava a mesma doença quando ESTAMIRA ainda era criança.
ESTAMIRA teve dois relacionamentos conturbados, com muitas traições, a filha nos conta que os problemas começam quando o marido vai embora. ESTAMIRA entra em depressão e um estado psicótico profundo. A família relata as internações, os problemas e as dificuldades que ESTAMIRA passou devido à falta de estrutura governamental.
A família resolve conviver com a doença de ESTAMIRA, assim poderemos conhecer pensamentos que não ficaram presos na mente humana.
ESTAMIRA mora e trabalha há 20 anos no aterro sanitário de jardim Gramacho, no estado do Rio de Janeiro.
Na convivência com o nosso lixo ESTAMIRA tem algumas frases que se pensarmos com profundidade nem parece vir de uma pessoa com distúrbio mental.
Ela diz:
-Quem economiza tem.
-Devemos proteger lavar, limpar e usar mais o quanto podemos.
-O pobre tem pouco e o pouco que tem não desperdiça.
-Às vezes é só resto, mas às vezes vem resto e descuido.
-Conservar sem desperdício não é ser miserável.
ESTAMIRA