Estagio
A inclusão social do deficiente mental no filme “Meu nome é Rádio”.
Nos EUA, em 2003, foi lançado o filme de título original “Radio”, com tradução brasileira “Meu nome é Rádio”. A história, baseada em fatos reais, nos relata a vida de James Robert Kennedy, um deficiente mental que vivia às margens da sociedade até o momento em que conheceu o treinador do time de futebol americano do colégio secundário T.L. Hanna High School, no bairro de Anderson, Carolina do Sul. De um membro excluído socialmente, Rádio, como James era conhecido por portar consigo um pequeno rádio de pilha, passa a fazer parte da comunidade e da escola local, mesmo após enfrentar diversos preconceitos.
O filme é iniciado com imagens que mostram objetivamente a diferença entre Rádio e os demais membros da cidade. Enquanto os jogadores se divertem e treinam unidos, ele está passando, solitário, pela rua, com seu carrinho de supermercado cheio de objetos que lhe interessam e não servem mais para outras pessoas. Mas, de longe, Rádio observa o time treinando e talvez pense como gostaria de fazer parte daquele meio. O problema é que os próprios moradores da cidade têm receio quanto ao comportamento dele e acabam por excluí-lo. Essa passa então ser a realidade de Rádio e é, também, a realidade de muitos cidadãos no mundo inteiro, que lutam a cada dia para serem aceitos. É certo que, teoricamente, esta luta deveria ter acabado, já que a própria Declaração de Direitos Humanos prevê que todos somos cidadãos iguais perante a lei. Mas o próprio filme nos revela o quanto a teoria está longe da prática.
No filme, a diretora, os jogadores e a própria mãe de Rádio representam a nossa sociedade preconceituosa, que está completamente despreparada para receber as pessoas tidas por ela como anormais, ou seja, fogem do que seria o padrão normal de cidadão ou aquele que não tem deficiências. A reação desses personagens nos mostra os obstáculos que os deficientes físicos e mentais