Estagio autonomo
O estágio autônomo é atingido quando o indivíduo já consegue realizar outra tarefa simultânea, por exemplo, andar de bicicleta ouvindo música, chupando sorvete ou conversando com outra pessoa e, além disso, já pode perceber e corrigir seus próprios erros. Neste estágio, o indivíduo realiza a atividade “sem pensar”, ou aprende a realizar o movimento concentrando-se nas partes mais difíceis. A variabilidade na “performance” é pequena e a carga nos mecanismos da atenção é muito baixa, facilitando o direcionamento do foco da atenção para outros itens de realização da tarefa. Por exemplo, pessoas que digitam no teclado do computador, sem olhar as teclas, olhando apenas para o monitor.
A transição do momento em que começamos a aprender alguma atividade até o dia em que conseguimos realizá-la automaticamente, poderá levar muitos anos. Muitos indivíduos inclusive, dependendo da quantidade de prática, não conseguem chegar a este estágio. Na Educação Física, ao ensinar habilidades esportivas ou outro tipo de habilidade motora, não é diferente e muitas crianças podem não atingir a automaticidade. Dentre as várias razões, podemos destacar: ambiente, métodos de ensino impróprios ou inadequados, tipos de práticas, pobreza de estímulos (vivências motoras), fatores afetivos e sociais, privações lúdicas, psicomotoras, simbólicas e culturais.
REFERENCIAS: http://www.educacaofisicanaveia.com.br/fitts-posner-estagios-d-aprendizagem-motora/
GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Aprendizagem e desenvolvimento motor I. In: SILVA, C. I.; COUTO, A. C. P. Manual do treinador de natação. Belo Horizonte: Edições FAM, 1999.
LADEWIG, Iverson. A importância da atenção na aprendizagem de habilidades motoras. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.3, p.62-71, 2000.