Estados Unidos – A reorganização territorial da indústria
A industrialização dos Estados Unidos começou na porção nordeste do país onde se desenvolveram as indústrias de consumo da Nova Inglaterra, impulsionados pelos centros comerciais e bancários do Atlântico, como Nova York e Boston. Mas desde o fim da Guerra Civil (1861-1865), o eixo industrial passou a se deslocar para o interior, na direção das bacias carboníferas dos Montes Apalaches e das cidades da região dos Grandes Lagos.
Nas últimas décadas do século XIX, emergiu uma estrutura espacial centralizada por um vasto e nítido polo industrial: o Manufacturing Belt ou Cinturão Fabril, no nordeste e nos Grandes lagos. Nessas áreas desenvolveram-se as indústrias de bens de produção, baseadas em carvão e minério de ferro e nasceu a indústria automobilística. A navegação através do rio São Lourenço foi interligada por grandes obras de engenharia, alinhando toda a região às embarcações que cruzavam o Oceano Atlântico. Os centros siderúrgicos de Chicago e Pittsburgh se integraram à indústria mecânica, concentrada em Dretoit. Logo, essa área passou a representar três quartos da produção do país.
Após a Segunda Guerra Mundial, um conjunto de fatores contribui para abalar a supremacia industrial do Manufacturing Belt. Um volume crescente de investimentos industriais passou a se dirigir para o sul e para o oeste, a política de construção de estradas de rodagem e os programas de desenvolvimento nas bacias dos rios Tennessee e Colúmbia dinamizaram novas áreas, os campos petrolíferos do Golfo do México e da Califórnia, com a produção crescente atraíram mais investimentos. A reconstrução econômica do Japão, por seu turno, despontou o interesse comercial pela Bacia do Pacífico e, portanto, pela Costa Oeste.
Essas industrializações originaram o chamado Sun Belt,o cinturão do sul que abrange as variadas novas áreas emergentes do Sul e do Oeste. O dinamismo econômico dessas áreas contrasta com a estagnação ou mesmo