Estaca Raiz - Metódo Cabral
A formulação proposta por Cabral (1986) leva em conta, para o cálculo da carga de ruptura, as parcelas de ponta e atrito lateral. Segundo Cabral, a capacidade de carga à compressão de uma estaca raiz, com um diâmetro equivalente D ≤ 45 cm e injetada com uma pressão p ≤ 400 kPa, pode ser obtida através da seguinte expressão:
Qr = Qp + Qs onde: Qr - Carga de ruptura.
Qs - Carga resistida pelo atrito lateral na ruptura.
Qp - Carga resistida pela ponta na ruptura.
A parcela, devido ao atrito lateral (Qs), é representada pela seguinte expressão:
Qs = Σ b0. b1. N. U. DL onde: N - É a soma do número de golpes necessários à penetração dos últimos 30 cm do amostrador padrão, de um total de 45 cm.
U - Perímetro do fuste da estaca calculado com o diâmetro equivalente da mesma.
DL - Comprimento unitário.
Sendo que b0 está em função da pressão de injeção do concreto e do diâmetro da estaca. b0 = 1 + 0,10. p - 0,01. D
D - Diâmetro final ou equivalente da estaca em centímetros. p - Pressão de injeção em kgf/cm2.
A resistencia de ponta é dada por:
Qp = b0. b2. N. Ap onde:
Ap - Área da ponta da estaca. b1, b2 - Fatores de correção determinados em função do tipo de solo. (areia, silte, argila) b0. b1.N ≤ 0,2 MPa b0. b2. N ≤ 5,0 MPa
A melhoria do método foi feita por Amam(2000) e considera que o único fator que se pode analisar com influência exclusiva é o tipo de solo, seja a razão de atrito, que correlaciona a resistência de cisalhamento lateral com a resistência de ponta do solo.
Amam calculou para este método a relação entre os coeficientes característicos de resistência por cisalhamento lateral e de pela ponta.
O método de Cabral é um método semi-empirico individual para estaca raiz, no qual é aplicado também para estacas escavadas e ômega.
Para este método a resistência da estaca por atrito lateral chega a ser 2,2 vezes maior que a escavada de grande diâmetro e a resistência de ponta chega a