O M todo Biogr fico em Sartre
Sartre foi influenciado pela historiografia contemporânea francesa, assim como pelo historicismo marxista, tendo a concepção de homem que subjaz a teoria sartriana é, portanto, histórica e dialética, na qual o sujeito só pode ser compreendido levando-se em conta sua história individual, tanto conjuntura familiar ou rede sociológica, contexto social e sua época cultural, tendo como fundo de sustentação a noção que ele se faz e é feito por esse conjunto de fatores.
Sartre buscou fundar uma antropologia estrutural e histórica, que deveria ser estabelecida no interior da filosofia marxista, pois o marxismo é a filosofia insuperável do nosso tempo.
No existencialismo, na medida em que este é um território encravado no próprio marxismo, que o engendra e o recusa ao mesmo tempo.
Ele acreditava que para compreender um homem é preciso ir além daquilo que ele fala ou reflete sobre si, sendo preciso descrever suas ações, suas práxis cotidianas, o contexto no qual está inserido. É preciso destacar a especificidade da existência humana, ao tomar o homem concreto na usa realidade objetiva, material, social e sociológica, que nessa concepção o concreto é a história, posto que a ação humana é sempre dialética.
Sartre argumenta que o acaso não existe, pois são os sujeitos efetivos que fazem a história, mesmo que em condições dadas. É preciso, por isso, compreender a concretude da vida, bem como as medições que a produzem, Sartre produzira suas obras biográficas dentro de uma perspectiva interdisciplinar, buscando uma síntese transcendente entre a psicanálise, o marxismo, pois estava ciente da necessidade já assinalada por Bloch.
Sartre defende a psicanalise como um método que permite estudar o processo no qual uma criança chega a desemprenhar o papel social que lhe foi imposto, assimilando-o, sufocando-se nele, ou rejeitando-o, na medida em que a história de uma pessoa, desde a infância, é