Esquizofrenia x sociedade
A todo o momento, o ser humano é cobrado e influenciado pelo meio social em que vive, e este meio também determina como ele deve agir, pensar e se comportar, porém nem mesmo na condição de portador de transtorno mental o individuo se livra da cobrança e do julgamento social, e como não pode mais obedecer às regras sociais, passa a ser excluído do convívio em sociedade.
No Brasil, entre as décadas de 1970-80, surgiu o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, onde o objetivo era discussão das características da assistência psiquiátrica oferecida nos manicômios às pessoas com transtornos mentais no Brasil. Pacientes com transtornos mentais, incluindo a esquizofrenia, eram internados em hospitais psiquiátricos, onde o seu quadro não melhorava, acredita-se que era devido as condições oferecidas lá, como o isolamento absoluto, abuso de medicamentos tranqüilizantes e até mesmo os maus tratos, que foi a principal influencia para dar inicio ao movimento.
Segundo diversos Psicólogos e Psiquiátricos, o papel do meio social em pacientes esquizofrênicos é altamente importante para o tratamento da doença. Considerando que um paciente nesse caso, tem uma visão diferenciada, coisas que só ele vê, mania de perseguição, como uns principais sintomas da doença, o paciente sente-se excluído da sociedade também por não conseguir compartilhar da mesma visão da sociedade, e, por outro lado ao sentir-se mal compreendido em sua visão particular, viver em um mundo exclusivo onde ninguém mais enxerga o que se pode "ver" em seus delírios, pois o ser humano precisa se sentir parte de um grupo, compreendido, amado e aceito, também precisa se sentir semelhante aos outros em algum aspecto para adquirir uma identidade social.
Apesar de todas as características da doença, o tratamento traz bons resultados. Por isso, o esquizofrênico pode seguir uma vida semelhante a qualquer outro individuo, como: estudar, trabalhar, namorar, casar, ter uma vida em sociedade. A