A família frente ao primeiro episódio psicótico e a adesão ao tratamento medicamentoso
The family toward the first episode of psychosis and the early member’s adherence of medication treatment
Fernanda Sinatora[2]
Maria Conceição Bernardo de Mello e Souza[3]
RESUMO: Este artigo descreve especificamente as dificuldades enfrentadas pela família na adesão ao tratamento de seu membro portador de esquizofrenia, no primeiro episódio psicótico. Este distúrbio consiste no transtorno mental mais conhecido perante a sociedade, no entanto, ainda faz-se presente dificuldades em aceitar a existência de um portador de esquizofrenia no seio familiar, bem como, da importância em buscar tratamento para os atores envolvidos neste processo. O propósito deste estudo é descrever as dificuldades enfrentadas pela família na adesão ao tratamento do membro portador de esquizofrenia. Trata-se de um estudo de caso, de natureza qualitativa, com a participação de quatro famílias, emergindo três categorias temáticas: aceitação do “adoecimento psíquico”, não-adesão x descontinuidade do tratamento e implicações a não-aderência ao tratamento. Considera-se com o estudo a necessidade de estarmos mais próximos destes familiares que vivenciam o primeiro episódio psicótico de um de seus membros, na tentativa de diminuirmos o período de não-adesão ao tratamento e/ou período de psicose não tratada (PPNT) e de serem lançadas novas propostas assistenciais capazes de atender a demanda desta clientela.
Palavras-chave: relações familiares, esquizofrenia, transtornos psicóticos.
ABSTRACT: This article describes the families’ difficulties at the early medication adherence, at the first episode of psychosis. This disturbance is considerate the most known mental disease for the society. However, there are many difficulties’ to accept a family member with schizophrenia and another point is the necessity to start of psychiatric treatment. This qualitative study expands our understanding of the