Esquiva
Psicologia Comportamental
30, Setembro de 2013 – Santana de Parnaíba
Esquiva
É evidente que fugir de uma condição aversiva não é a mesma coisa que evitá-la, pois a condição aversiva que é evitada não afeta diretamente o organismo. Embora evitação sugira que o comportamento pode ser influenciado por um evento que não chega a ocorrer, podemos descrever o efeito sem violar qualquer princípio fundamental da ciência usando o conceito do reforço negativo condicionado. Na evitação os estímulos aversivos condicionados incondicionados são separados por um intervalo de tempo apreciável. A relação temporal requerida é comumente encontrada na natureza. Um objeto que se aproxima rapidamente precede o contato doloroso. O chiado do foguete precede o tesouro dos fogos de artifício. O intervalo entre os dois estímulos pode ser definidamente fixado, ou pode variar enormemente. Em qualquer caso,o indivíduo vem a executar o comportamento que previne ocorrência ou reduz a magnitude do segundo estímulo. Desvia-se do objeto, coloca os dedos nos ouvidos para diminuir o som da explosão, e afasta a cabeça da broca. Por quê?
Quando os estímulos ocorrem nessa ordem, o primeiro estímulo torna-se um reforçador negativo condicionado, e por isso qualquer ação que o reduza é reforçada através de condicionamento operante. Quando nos esquivamos da estimulação dolorosa do dente, meramente escapamos do som da broca. Que o comportamento de evitação parece estar “dirigido” para um evento futuro explica-se como comportamento operante em geral: sempre são ocorrências passadas de reforçadores negativos condicionados de instâncias passadas de sua redução, os responsáveis pela probabilidade da resposta de fuga. O fato de que o evento futuro não ocorra quando o comportamento é emitido, poderia levantar uma questão embaraçosa se o comportamento continuasse com a mesma frequência. Mas se uma ocasião para o comportamento