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Há duas finalidades da crítica em fazer falar o silêncio:
Quando o que estava implícito aparece e o pensamento ou discurso analisado se revela insustentável, se desmancha, se destrói, à proporção que vai se explicitando tudo o que nele havia, mas que não era exposto, encontra – se por meio da crítica algo muito preciso: Ideologia. Ideologia é o discurso ou pensamento que contem um silêncio que se for revelado, destrói a coerência, a lógica ideológica.
Quando o que é revelado é um pensamento ainda mais rico, mais coerente, mais importante do que o que se havia imaginado, capaz de dar pistas para pensá-lo, novos caminhos, porque pode – se perceber muito mais do que parecia haver a primeira vista, nesse caso a crítica encontrou um pensamento verdadeiro, uma obra de pensamento propriamente dita.
O que diferencia uma obra de pensamento de uma ideologia é o fato de que na obra de pensamento a descoberta do que estava implícito é o que faz de uma ideologia a destruição de seu próprio pensamento. Portanto, a tarefa da crítica não é opor verdade e falsidade, mas realizar uma interpretação dos pensamentos e discursos, de modo que a abertura de um novo campo de pensamento leva a descoberta de uma obra de pensamento, enquanto a destruição da coerência leva a ideologia. Pode – se observar que a crítica é um trabalho intelectual, filosófico e que a exclusão da filosofia