Esquema de aristóteles
O uso de um pelo outro conduz a equívocos notórios;
No gênero:
O équo trata-se de uma excelência ainda maior daquela já contida no conceito do que é bom.
Sendo melhor que uma forma de justo, não deixa de ser justo – em verdade o justo e o équo são a mesma coisa (tautón àra dikaion kai epieikes).
Segundo a lei:
A equidade é a correção dos rigores da lei, não sendo algo diferente do justo, uma vez que a justiça e a equidade são coincidentes materialmente.
A necessidade de aplicação da equidade surge a partir da singularidade dos casos concretos.
Nem sempre aquele que causou um mal o fez propositalmente em detrimento de outrem, ocorrendo circunstâncias em que a injustiça é praticada sem conteúdo necessariamente intencional. Apesar de a lei punir severamente aquele que foi a causa eficiente de um mal, a equidade é recurso utilizável como critério de mensuração e adaptação da norma do caso.
“ Os atos que são perdoados são passíveis da equidade”. ( Aristóteles).
Como virtude:
“Só lembrar-nos do bem, mais que do mal que nos foi feito, dos benefícios recebidos mais que dos não recebidos”.
“Suportar a injustiça que nos fere, preferir resolver uma desavença amigavelmente a apresentar uma ação no tribunal; recorrer a uma arbitragem mais do que a um processo, porque o árbitro considera a equidade e o juiz a lei”. (Rhetórica, I , 1377 a).
A amizade e justiça
A amizade recebe amplo tratamento no contexto da Ethica Nicomachea, pois Aristóteles lá aborda que amizade (philia) e justiça (dikaiosune) estão estreitamente ligadas, podendo-se mesmo dizer que a primeira é que se mostra como sendo verdadeiro liame que mantém a coesão de todas as cidades-estado. “Quando os homens são amigos