Antigas formas de governo
II.II – Regimes Políticos e Sistemas de Governo
Leitura obrigatória: BOBBIO, N. A teoria das formas de governo. Cap. VII – Bodin.
Leitura complementar (pesquisada para fazer o resumo abaixo): BOBBIO, N. A teoria das formas de governo. Cap. I – Uma Discussão Célebre; Cap. 4: Políbio.
I – Classificações das formas de poder na Antiguidade Clássica
A) Debate de Heródoto.
- Debate fictício elaborado por Heródoto no séc. V A.C.
- Cada um dos personagens defende uma entre as três formas clássicas de governo: monarquia, aristocracia e democracia. Clássicas não só porque foram transmitidas pelos autores clássicos, mas porque se tornaram categorias da reflexão política de todos os tempos
- O primeiro critério desta classificação responde à pergunta de quem governa.
- A teoria classificatória pode ter um caráter meramente descritivo, ou também pode incorporar um caráter prescritivo (mais comum), indicando quais formas são melhores que outras.
- Defensor da monarquia: poder de um só. Comparativamente à aristocracia, é melhor o governo de um só homem, do melhor entre os melhores. Com seu discernimento governaria o povo de forma irrepreensível. Saberia manter os objetivos políticos a salvo dos adversários. Numa oligarquia é fácil que nasçam graves conflitos pessoais entre os que praticam a virtude pelo bem público: todos querem ser o chefe e fazer prevalecer sua opinião, chegando por isso a odiar-se.bl Na democracia essa corrupção ainda é maior, provocando não a inimizade dos bons, mas sólidas alianças entre os malfeitores, que são aqueles que agem contra o bem comum, conspirando entre si. Ou seja, na oligarquia divide-se o que deveria permanecer unido (os bons) e na democracia une-se os que deveriam permanecer desunidos. Até que aparece alguém e põe fim a essas tramas, sendo que este passa então a ser mais admirado que os outros.
-