esporte historia e sociedade
Muitos esportes modernos surgiram, de fato, em situações bizarras. O boliche é caso típico. A modalidade apareceu entre os séculos IV e V, nas igrejas germânicas. Os pinos personificavam os pagãos, que a bola da fé — uma bolota de rocha pesada — deveria derrubar. Assim, padres e fiéis passavam horas e horas fortalecendo a sua religiosidade. Diga-se, treinando arremessos. É certo que para o homem pré-histórico a bola não carregava um significado religioso como para esses alemães — nem sequer um caráter esportivo. Desenhos em paredes de cavernas, realizados há mais de 30 000 anos, mostram figuras segurando esferas feitas de pedra. Esses bolões, do tamanho de uma cabeça de boi, possivelmente serviam de utensílio, na caça ou na preparação de alimentos. Há mesmo teorias apontando a busca de comida como a raiz de todos os esportes. Afinal, para agarrar a sua presa, o homem aprendeu a correr, nadar, remar, acertar alvos.
Seja como for, a semente dos esportes com bola se confunde com a dos esportes coletivos, há cerca de 12 000 anos. Há quem diga que tenha brotado com o costume guerreiro de se cortar a cabeça de um dos vencidos. Esta passava de mão em mão, entre os que comemoravam a vitória, segundo o livro “Evolução dos desportos através dos tempos”, de Adolpho Schermann. Tal prática, contudo, acabou se