Esporte das multidoes
No Brasil e em várias partes do mundo o futebol continua sendo e continuará sendo o esporte das multidões, atraindo milhares de telespectadores e sorrisos.
Tivemos a fase da Formula 1 no apogeu de Ayrton Senna, tivemos a fase do tênis num momento espetacular de Guga. Temos a fase momentânea dos Esportes Olímpicos, mas o futebol é para o Brasileiro o esporte mais comovente e atrativo.
Ao nos referirmos ao futebol, percebe-se que ele faz parte do cotidiano nacional tornando-se patrimônio histórico e cultural de toda uma população. Desde sua chegada ao Brasil o futebol foi aumentando sua popularidade e evoluindo enquanto modalidade, onde partiu de um esporte totalmente elitista para o mais popular dos esportes. Hoje, pode ser considerado um laço de união entre raças, pobres e ricos, mulheres e homens, entre outros.
O futebol é um sistema de pensamento, democrático e acessível a todos os segmentos sociais. DaMatta rejeita a visão do futebol como ópio do povo, muito difundida por setores críticos da esquerda, que considera o futebol como instrumento da dominação de classe. Neste ponto, Machado (2000), para quem existe forte ligação entre futebol e nação, concorda com DaMatta. Verificamos que a questão central na sociologia do futebol brasileiro é a relação entre futebol e identidade nacional. É necessário salientar outros trabalhos na literatura futebolística brasileira acadêmica.
Um deles é “Passes e Impasses: futebol e cultura de massa no Brasil” de Ronaldo Helal (1997), no qual encontramos uma instigante análise das crises e impasses na organização do futebol brasileiro. Entendendo o futebol como espetáculo, o autor enfatiza os impactos da comercialização, transmissões dos jogos ao vivo sobre o futebol. Sua conclusão é que a organização do nosso futebol, dirigentes amador-jogadores profissionais, reflete o dilema cultural brasileiro, comportando a lógica dual: moderno versus tradicional. Em artigo intitulado “Modernidade e