Esporotricose felina
PIMENTEL, Mariana Caetano1; BOLZAN, Quélem2; SOMMER, Ciléia 3 ; MARTINS, Danieli
Brolo4; FISS, Letícia5; ROSSATO, Cristina Krauspenhar 6.
Palavras-chave: Fungo. Esporthrix schenkii. Felinos.
Introdução
A esporotricose é uma micose subcutânea piogranulomatosa, causada pelo fungo dimórfico
Sporothrix schenckii, com ampla distribuição mundial, que acomete o homem e uma grande variedade de animais. O S. schenckii é um fungo geofílico, que se apresenta na forma micelial, entre
25° e 30°C, considerado sapróbio de cascas de árvores e de solos ricos em matéria orgânica e vegetação, crescendo principalmente em locais quentes e úmidos. Na forma parasitária, a 37°C, passa à levedura, crescendo em lesões dermo-epidérmicas, viscerais e ósseas (LACAZ et al., 1991).
A esporotricose tem potencial zoonótico, envolvendo indivíduos em contato direto com animais doentes. No homem a esporotricose pode ser considerada como dermatose peculiar a certos profissionais como jardineiros, hortifruticultores, lavradores e tratadores de animais. A maioria das infecções ocorre por ferimentos causados por espinhos, farpas de madeira ou arame (NOBRE,
2002; MARQUES, 1993).
Nos animais de companhia, a esporotricose tem sido freqüente em felinos, manifestando-se na forma cutânea localizada, cutânea linfática e cutânea disseminada. Essa doença pode se manifestar de três formas: cutânea, cutanealinfática e disseminada. Nos gatos, as lesões ocorrem mais comumente no aspecto distal dos membros, cabeça ou base da cauda. O quadro inicial pode assemelhar-se a feridas devido a brigas, abscessos, lesões de celulite ou com tratos fistulosos que não são responsivas a antibioticoterapia. Essas podem evoluir para lesões ulceradas, crostosas e com exsudatos purulentos. Nos casos mais graves, pode ocorrer a disseminação do fungo (pulmões, fígado, trato gastrintestinal, sistema nervoso central, olhos, baço, ossos, articulações, rins, testículos,
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