Espistemologia genética
O presente trabalho visa observar as contribuições do biólogo Jean Piaget para o processo de alfabetização e letramento da criança.
Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 1896. Formou-se em biologia e aos 23 anos de idade começa a trabalhar com estudos do raciocínio da criança sob a ótica da psicologia experimental. Publicou seu primeiro livro em 1924, sob o título: A linguagem e o pensamento na criança. Na década de 30 ele acompanhou a infância de seus três filhos que se tornaram fonte de trabalho de observação para as pesquisas dele ao que chamou de “ajustamento progressivo do saber". Morreu aos 84 anos em Genebra, Suíça. Piaget era adepto da corrente epistemológica interacionista, pois não compartilhava da ideia do ser passivo. Como foi explanado no primeiro parágrafo, Piaget era biólogo, mas seus estudos quase se tornou sinônimo de pedagogia, pois dedicou sua vida à observação científica rigorosa de como ocorre a aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente na criança. Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética, ou seja, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, a criança passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
Os estágios de desenvolvimento
* Sensório-motor (0 – 2 anos); * Pré-operatório (2 – 7 anos); * Operações concretas (7 – 11, 12 anos); * Operações formais (12 – 14 anos);
Estágio sensório-motor (sentidos-movimento)
A criança nasce com esquemas cerebrais pré-existentes, como os movimentos reflexos de sucção e preensão. Neste período ocorre o que Piaget chamou de revolução Copérnica, onde a criança se percebe como extensão do mundo, ela é o centro, do terceiro ao quinto mês a criança não é capaz de acompanhar um objeto a sua frente, se o objeto some para ela não existe. Neste período ela não é capaz