Espetacularização do Samba
Após o inicio da organização dos desfiles, como a criação da Marquês de Sapucaí e a transmissão televisionada do mesmo, o carnaval carioca, assim como o samba, passou a ser elitizado, através de patrocínios, propagandas e utilização do mesmo como espetáculo de consumo turístico. Desta forma, o samba de origem pobre e marginalizada surge como um novo produto da elite, a fim de promover lucro.
O samba, desta forma, perde sua identidade simples, espetáculo da comunidade para a comunidade, tomando proporções maiores, atraindo agora beldades e grandes gastos para uma festa dita popular. Aos poucos, foi perdendo as características iniciais, como o modo de dançar, de vestir e de tocar. O apelo ao corpo da mulata começa a ter lugar, ao invés do inicial e tradicional desfile das baianas. A expressão do samba, que antes era promotor de transformações sociais, agora é um produto de empresários e governo.
Site da Puc:
"– O carnaval sofreu algumas mudanças a partir da década de 1980. A criação do sambódromo [em 1984] e a transmissão de TV deixaram o desfile mais organizado. Junto com isso, a partir da década de 1990, começou um processo de espetacularização desse evento que foi adotado pelas escolas e pela Liesa. Esses fatores estimularam as empresas a investir – explica o