Espaços urbanos e segregação social
- é um assunto que tem tudo a ver com a questão da dominação simbólica nas “classes perigosas”. Periferia, favela, bairros pobres, tudo isso são bairros tidos como “perigosos”. Existe todo um imaginário propagado pelos meios de comunicação, mídia e principalmente por uma elite dominante que deslegitima esses bairros. Geram a idéia de que eles devem ter uma atenção especial da polícia, UPP e, se possível do exército, para corrigir e normalizar esses locais.
- bairros “não legítimos” são tidos como perigosos que trazem uma sensação de insegurança na elite culturalmente dominante. Há todo um imaginário (muitas vezes errôneo) de que essas camadas sociais podem desestabilizar a ordem, a “família”, podem causar desequilibro no andamento da vida social e nos “bons costumes”. Em suma, a sociedade em geral trata a periferia como problemática.
- com base nessa idéia, podermos ver uma contraposição entre comportamento “legítimo” (o da elite) e comportamento “ilegítimo”(das classes pobres) e, com base nessa contraposição, podemos observar uma hierarquia social..
*exemplos de violência simbólica em classes sociais: pessoas de uma classe média aplaudir a ação truculenta da PM no bairro de Pinheirinho (São José dos Campos), a chamada “pacificação do pobre” encontrada nas ações de UPP nos morros, a “higienização social” na cracolândia, visando expulsar os usuários de crack com o intuito de valorizar o mercado imobiliário do local (ignorando, assim, um tratamento adequado para eles). Tudo isso pode ser interpretado como uma segregação social dentro de um espaço urbano, onde o comportamento do pobre não é levado a sério, é simplesmente ignorado ou “corrigido”.
as pessoas em geral olham os estigmas urbanos sob uma ótica de oposição, por exemplo, a favela é sempre oposta a uma classe média, um criminoso é sempre oposto à figura do pai de família, a prostituta é sempre oposta à imagem da mulher de família.
O estudante de