Espaço publico
Fabiano Dias
FONTE: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.061/453
A cidade do século XX foi marcada pelo surgimento de novos lugares voltados para o espetáculo e entretenimento. As ruas, as calçadas, as praças e toda uma sorte de espaços públicos tradicionais na história urbana, foram “resignificados”, ou seja, ganharam novas conotações simbólicas e valores. O caos urbano, as velocidades dos automóveis e da vida agitada das metrópoles modernas (sintomas que já se estendem para as cidades menores), aliados a falta de segurança das ruas, criou um novo ambiente urbano muito pouco favorável para a vida comunitária nos lugares públicos, cristalizando no século XX a tendência já iniciada cem anos antes da interiorização da vida, com o surgimento de lugares que se voltam para si e menos para a cidade.
Espaços climatizados e protegidos artificializam os lugares públicos ao tentarem traduzi-los como parte de sua ambientação interna.
Shoppings Centers, museus e hipermercados são os novos espaços do convívio e da atração e estão ligados intrinsecamente à lógica do consumo, seja ele cultural ou de produtos industrializados de massa, que dentro desta lógica moldaram a cidade do século XX e que ainda reverberam sobre a cidade que adentra o século XXI. Salvo raras exceções, a pujança econômica deste último século, com todas as suas crises no mercado financeiro, impôs sua marca em novas obras e espaços até então inexistentes na cidade tradicional ou que nesta mesma, já começavam a despontar e anunciavam uma nova era.
Inevitavelmente, estes novos lugares ganharam qualidades ambientais muito superiores aos da própria cidade, na medida em que, esta última veio sucessivamente recebendo muito menos investimentos (sejam eles públicos ou privados) para a melhoria e criação de seus espaços públicos. O espaço introvertido
Passamos por um século onde se é marcante a construção de