Espaço intra-urbano no Brasil e Flavio Villaça (resumo)
A metrópole interior (p.114-118)
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- São Paulo e BH: semelhanças que enquadram no mesmo modelo
- Pontos comum:
A metrópole é interiorana; isso significa que dispõe de áreas para expansão em todas as direções: 360 graus.
- No início de sua expansão, o espaço urbano depara com uma barreira que o divide ao meio (vale que corre um pequeno rio e uma ferrovia que se aloja junto ao rio)
- O conjunto vale-ferrovia funciona então como uma barreira que define tendo como referência o centro da cidade: "O lado de lá" (posto ao centro) e o "lado de cá" onde está o centro.
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- O lado em que está o centro onde, inicialmente, a abrigar a maior parcela do crescimento urbano do que o "lado de lá"
- As camadas de mais alta renda tendem a se concentrar no lado mais vantajoso, embora a recíproca não seja verdadeira, ou seja, no lado onde se localiza o centro há também camadas de baixa renda.
- No lado oposto ao centro, num ponto estratégico para o qual converge o sistema viário do "lado de lá", surge o primeiro subcentro de comércio e serviços; atende a população de baixa renda localizada além da barreira, que não tema cesso econômico ao centro principal, já que este pertence as camadas médias e altas. Em SP o subcentro foi o Brás.
SÃO PAULO
Estrada de ferro SP railway (1867): implantada no vale do Tamanduateí, a ferrovia aumentou a barreira representada não só pelo o rio, mas também por sua ampla várzea inundável.
A cidade no final do século XIX, tinha três áreas para expansão:
- A zona Leste, plana e cuja ocupação exigia a transposição do obstáculo representado pela barreira Tamanduateí - ferrovia - várzea inundável.
- A zona Oeste, que exigia a transposição do vale do Anhangabaú.
- A cumeeira divisória de águas entre os dois rios (onde já estava a cidade). Tratava-se de um sítio estreito, vincado de vales.
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- Durante várias décadas, SP organizou-se em apenas duas partes bastante separadas