Esculturas góticas e românicas
O contexto:
Os empreendimentos artísticos eram totalmente dominados e controlados pelos principais hierarcas monásticos, e era nos mosteiros que se encontravam as melhores oportunidades de trabalho. No final do século XII, as ordens monárquicas perderam sua hegemonia perante a população devido ao surgimento de outras seitas mais acessíveis. Diante de tal situação, a Igreja Católica procurou recuperar sua supremacia e a forma utilizada foi tornar-se mais compreensível para o povo, utilizando a escultura como uma das principais formas de propagação da fé.
O estilo gótico surge no século XII e as primeiras esculturas encontradas nesse estilo são as da Catedral de Chartres. Em geral, a escultura gótica está ligada a arquitetura, sendo evidenciada principalmente nas catedrais do período, que se enunciavam pelas esculturas e, dessa forma, forneciam ao público sua primeira experiência visual da doutrina cristã. Ao adentrar nelas, o visitante se depararia com esculturas do Juízo Final ou da Coroação da Virgem e se encontraria rodeado de esculturas arquiteturais, tanto ornamentais quanto figurativas.
Com a propagação de novas ideias sobre a relação de Deus com o homem, foi possível que a população possuísse independência de pensamento e esta se permeou também nas artes. Com isso, os artistas puderam ousar mais na hora de produzir, caretas e risadas com verossimilhança começaram aparecer, mostrando o novo fascínio dos escultores góticos pela fisionomia e psicologia das personagens.
Toda a população estava envolvida na construção da igreja, desde camponeses até os pedreiros, portanto é impossível saber se os responsáveis pelas esculturas e construção dos portais eram especialistas.
Como a escultura era muito ligada à arquitetura, a pedra empregada na escultura arquitetônica era quase sempre a mesma utilizada no restante das edificações, geralmente utilizavam bloco de pedra padronizado. Algumas esculturas do interior eram feitas de madeira e de