A obra expõe praticas sociais cotidianas e aprofunda negativamente nas atividades industriais repetitivas, onde operários desempenham funções de escravidão intelectual, ou seja, são remunerados para desenvolverem atividades repetitivas sem ao menos entenderem o que estão fazendo e doutrinados a agradecerem pela oportunidade de permanecer ignorantes, esta prática caracteriza muito bem o capitalismo moderno da atualidade, ademais a obra critica os poderes dominantes, o poder do Estado, do capital privado e das mídias corporativas e de massa, voltados para uma falsa garantia de direitos sociais a fim de manter o status da classe dominante que as utiliza em benefício próprio, tanto na manutenção do poder político, como na manutenção das atividades de consumo. A mídia desempenha um papel fundamental neste cenário social, onde mentiras tornam-se verdades, ladrões tornam-se vítimas injustiçadas e corriqueiramente conduz a sociedade a consumir bens e serviços na maioria das vezes desnecessários e irrelevantes. A sociedade precisa ser repensada, acredito que este deveria ser o núcleo de raciocínio do documentário, contudo, o autor dispara sua metralhadora de críticas ao sistema social como um todo. O Poder do Estado precisa ser destituído, não precisamos do Estado e dessa forma acabaríamos com a classe política e administrativa que deveria atender e defender os interesses da sociedade, passando a sociedade a conduzir democraticamente e de forma participativa os rumos de seus conflitos e anseios. O capitalismo precisa ser extirpado do seio social, as empresas deveriam ser geridas por seus operários que traçariam os rumos da economia privada de forma socializada, participativa e humanizada. A mídia precisa ser reinventada, deve ser verdadeira e comprometida com a real necessidade social. Após 58 minutos de devaneios, utopias e rebeldias desmedidas, me pergunto se o que temos hoje não é o que desejamos há muito tempo atrás quando nada disso existia, o Poder do Estado foi