Escravidão no Império Romano
As estimativas em relação à proporção de escravos na população do Império Romano são variáveis. A percentagem da população da Itália que vivia como escrava varia de 30 a 40 por cento no século I a.C., totalizando de dois a três milhões de escravos até o final do século I a.C., entre 35%-40% da população italiana da época.5 Para o Império Romano como um todo, a população escrava foi estimada em cerca de cinco milhões, representando entre 10- 15% da população total. Estima-se que 49% de todos os escravos eram de propriedade da elite, que compunha menos de 1,5% da população do Império. Cerca de metade de todos os escravos trabalhavam no campo e o restante nas cidades.6
Na Roma Antiga, a escravidão não era baseada na raça.7 Os escravos eram capturados por toda a Europa e na região do Mediterrâneo, incluindo povos celtas, germânicos, trácios, gregos, cartagineses8 e um pequeno grupo de etíopes no Egito Romano.9 Até o século I a.C., o costume impedia a escravização de cidadãos romanos e italianos que viviam na Gália Cisalpina, mas antes disso muitos italianos do sul e do centro da Itália foram escravizados após serem conquistados. Na Itália, a maioria dos escravos eram italianos.10
Regras[editar código-fonte]
Travas de escravo. Museu da civilização céltica, Bibrate.
Um escravo era um bem que era possuído, despojado de todo direito. O dono possuía o direito sobre a sua vida e a sua morte. O termo "manus" simbolizava o domínio do dono sobre o escravo, do mesmo modo que o domínio do marido sobre a sua esposa. A sua condição real era porém variável, segundo a proximidade do amo: os escravos agrícolas dos villae ou das minas eram muito mal-tratados; os escravos domésticos (ancillae) que viviam com a família eram mais favorecidos e muito com frequência libertos após um certo período.
O status social de um homem era medido em função do número de escravos que possuía. O preço do escravo variou