Escravidão na Grécia antiga
Estela funerária de Mnesarete; um jovem escravo (esquerda) encara sua falecida patroa.1 Ática, c. 380 a.C.. (Gliptoteca de Munique, Alemanha)
A escravidão era prática comum e componente integral da vida na Grécia Antiga, ao longo de toda a sua história, da mesma maneira que nas demais sociedades antigas.2 Estima-se que em Atenas a maioria dos cidadãos tinha pelo menos um escravo. A maior parte dos escritores do período antigo considerava a escravidão não só como algo natural, mas como algo necessário, porém alguns debates isolados ocorreram, especialmente nos diálogos socráticos.
Em conformidade com a prática historiográfica, este artigo pretende discutir apenas a escravidão como bem móvel (propriedade pessoal), ao contrário da prática que envolvia grupos dependentes, como os penestae da Tessália ou os hilotas espartanos, que se assemelhavam mais aos servos medievais (pouco mais que um bem imóvel). O escravo é um indivíduo privado de sua liberdade, e forçado a submeter-se a um proprietário, que pode comprá-lo, vendê-lo ou emprestá-lo como qualquer outro bem material.
O estudo da escravidão na Grécia Antiga oferece um número de significantes problemas metodológicos. A documentação sobre o assunto é desconexa e muito fragmentada, focalizando-se principalmente na cidade de Atenas. Nenhum tratado foi escrito especialmente dedicado ao assunto. Os casos judiciais do século IV a.C. se interessavam pela escravidão apenas como uma fonte de renda. A comédia e a tragédia exibiam os estereótipos, e a iconografia não fez qualquer diferenciação substantiva entre o escravo e o artesão; até a terminologia é, por vezes, vaga.
Índice [esconder]
1 Terminologia
2 Origens da escravidão
3 Papel na Economia
4 Referências
5 Bibliografia
Terminologia[editar | editar código-fonte]
Um senhor (direita) e seu escravo (esquerda) numa flíax (espécie de drama burlesco), em cratera siciliana, c. 350 – 340 a.C.. Museu do Louvre, Paris, França.