escravidao
Os africanos vindos para o Brasil na época da escravidão, trouxeram consigo uma bagagem cultural e histórica de extrema significância para o nosso país. Tendo isso, não se pode negar a importância da opinião desses africanos para o entendimento de toda a história brasileira, porém, infelizmente, a voz dos ex-escravos não foi ouvida enquanto ainda era tempo. Fato que relaciona-se com o preconceito e que pode, em partes, fazer a história da escravidão parecer vaga. Apesar de não termos muito presente a opinião dos africanos, temos, vindas daquela época, inúmeras contribuições que influenciam nossas vidas, principalmente em relação à cultura.
O tema a ser apresentado foi selecionado em consequência da motivação e curiosidade despertadas a partir da reportagem da revista Nossa História: “Viagem à escravidão”. Como foi possível que perdêssemos a oportunidade de registrar a fala e a memória de milhares de ex-escravos brasileiros ainda vivos e lúcidos? Chegamos ao objeto de pesquisa e a problematização ao considerar necessário ver nossos antepassados não apenas como objetos do tráfico, mas como indivíduos de corpo e alma, levando seu lado em consideração, bem como os efeitos da escravidão nos tempos atuais.
“Não eram gente, mas uma carga como qualquer outra. Num processo sobre o naufrágio de um navio negreiro, em 1851 na costa da Bahia, os próprios africanos contaram como era feito o transporte clandestino de escravos para o Brasil”. Quando lemos um livro de história, pensamos apenas no conteúdo que nos traz, porém não podemos ignorar todos os fatores que fizeram com que fosse escrito de tal forma. A visão dos escravos não está necessariamente além do que lemos, a historia é também baseada no que eles contaram.
As experiências dos escravos e tudo que vivenciaram está implícito em cada texto sobre a escravidão. E, por termos sido indiferentes em relação aos escravos, trouxemos com aquela