Escorpionismo
Envenenamento é causado pela inoculação de toxinas, através de aparelho inoculador (ferrão) de escorpiões, podendo determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas. Morfologia
Os escorpiões são artrópodes quelicerados, pertencentes à classe Arachnida (por apresentarem oito pernas) e ordem Scorpiones. Em certas regiões brasileiras, também são chamados de “lacraus”. Seu corpo formado pelo tronco (prosoma e mesosoma) e pela cauda (metasoma). O prosoma dorsalmente é coberto por uma carapaça indivisa, o cefalotórax, e nele se articulam os quatro pares de pernas, um par de quelíceras (utilizadas para triturar alimento), um par de pedipalpos (pinças ou mãos). O mesosoma é segmentado, ventral e dorsalmente. A cauda é formada por cinco segmentos e no final da mesma situa-se o telson, composto de vesícula e ferrão (aguilhão). A vesícula contém duas glândulas de veneno. Estas glândulas produzem o veneno que é inoculado pelo ferrão.
Os escorpiões são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos ou baratas. O hábito noturno é registrado para a maioria das espécies. São mais ativos durante os meses mais quentes do ano. Devido aos hábitos noturnos, escondem-se durante o dia sob pedras, troncos, dormentes de linha de trem, em entulhos, telhas ou tijolos. Muitas espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil.
Importância Médica
Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, que é o mais rico em espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical. As principais espécies capazes de causar acidentes graves são:
-Tityus serrulatus (escorpião-amarelo), com ampla distribuição desde o Paraná até o norte da Bahia, com alguns relatos para Sergipe e Alagoas, além da região central do país.