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As planícies cobrem mais de 3.000.000 de km² do território brasileiro. Dividem-se em três grandes áreas: a Planície Amazônica, a planície litorânea e o Pantanal Mato-grossense.
Mapa da eco-região da Amazônia. Os limites da eco-região amazônica são mostrados em amarelo.
A mais extensa área de terras baixas brasileiras está situada na região Norte. Trata-se da Planície Amazônica e planaltos circundantes, localizados entre o Planalto das Guianas (ao norte), o Planalto Brasileiro (ao sul), o Oceano Atlântico (a leste) e a Cordilheira dos Andes (a oeste).
A planície, propriamente dita, ocupa apenas uma pequena parte dessa região, estendendo-se pelas margens do Rio Amazonas e seus afluentes. Ao redor dela aparecem vastas extensões de baixos-platôs, ou baixos-planaltos sedimentares.
Observando-se a disposição das terras da planície no sentido norte-sul, indentificam-se três níveis altimétricos no relevo:
• Várzeas, junto à margem dos rios, apresentando terrenos de formação recente, que sofrem inundações frequentes, as quais sempre renovam a lâmina do solo;
• Tesos ou terraços fluviais, cujas altitudes não ultrapassam os 30 m e que são periodicamente inundados;
• Baixos-planaltos ou platôs, conhecidos localmente por terras firmes, salvos das inundações comuns, formados por terrenos do Terciário.
A mais típica das planícies brasileiras é a Planície do Pantanal, constituída por terrenos do Quaternário, situada na porção oeste de Mato Grosso do Sul e pequena extensão do sudoeste de Mato Grosso, entre os planaltos Central e Meridional. Como é banhada pelo rio Paraguai e seus afluentes, é inundada anualmente por ocasião das enchentes, quando vasto lençol aquático recobre quase toda a região.
As partes mais elevadas do Pantanal são conhecidas pelo nome indevido de cordilheiras e as partes mais deprimidas constituem as baías ou largos. Essas baías, durante as cheias, abrigam lagoas que se interligam através de canais conhecidos como corixos.