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Dentre os movimentos e tendências que marcaram a história da literatura brasileira, o romance regionalista nordestino ocupa um lugar de destaque. Com sua narrativa coloquial e espontânea, rapidamente conquistou os leitores e revelou uma parte ainda desconhecida do país: o sertão nordestino e seus dramas.
Inserido no chamado romance de 30, o marco do regionalismo nordestino na literatura se dá com a publicação da obra A Bagaceira (1928), de José Américo de Almeida.
“O romance nordestino foi o primeiro grande momento da literatura brasileira, que pela primeira vez passa a exportar um estilo literário, influenciando principalmente os autores portugueses, que, reféns de uma linguagem arcaica, buscaram na escrita nordestina o estilo coloquial e espontâneo de que eram desprovidos”, explica o crítico literário Fábio Lucas, que é também Membro das Academias Mineira e Paulista de Letras.
Para você conhecer melhor a literatura regionalista nordestina, o SaraivaConteúdo reuniu dez características presentes nas obras de seus maiores representantes.
O CANGAÇO
O termo "cangaço" é atribuído a bandos armados rebelados contra um sistema precário de ascensão social no Nordeste. A denominação é dada ao tipo de luta armada tão comum no sertão. Na literatura, os cangaceiros também marcaram presença em obras de José Lins do Rego e, principalmente, João Guimarães Rosa, autor de um "tratado" sobre o tema intitulado Grande Sertão: Veredas, uma das mais importantes e complexas obras já produzidas pela literatura brasileira.
A SECA
O sertão nordestino é um dos elementos mais importantes para compreender a literatura criada na região. Em suas obras, a maioria dos escritores tomou a seca como um “personagem” determinante em suas tramas. Dentre eles, destaca-se a escritora Rachel de Queiroz, que expôs os desafios de sobreviver em meio a essa paisagem na obra O Quinze.
Franklin Távora
João