Escola e democracia
A marginalidade relativa ao fenômeno escolar, pode ser explicada pelas teorias educacionais.
Existem as teorias que vêem a educação como um instrumento de superação da marginalidade.
Outras vêem a educação como um instrumento de discriminação social, que leva à marginalidade.
Ambos os grupos teóricos partem do princípio das relações entre educação e sociedade.
O primeiro grupo concebe a educação com uma ampla margem de autonomia, em face da sociedade, evitando sua desagregação e garantindo a construção de uma sociedade igualitária.
O segundo grupo vê a educação como inteiramente dependente da estrutura social geradora de marginalidade.
As teorias do primeiro grupo são denominadas pelo autor como “teorias não críticas” e as do segundo grupo, “teorias críticas”.
Como ambas entendem que a função básica da educação é a reprodução da sociedade, são denominadas “teorias crítico-reprodutivistas”.
Teorias não críticas
Nesse bloco o autor coloca três pedagogias: Tradicional, Nova, Tecnicista.
A pedagogia Tradicional.
A “escola para todos” surgiu no século passado, como um instrumento para resolver o problema da marginalidade, causado pela ignorância.
As escolas eram organizadas em forma de classes, com um professor razoavelmente preparado, que expunha as lições.
Os alunos seguiam atentamente à aula e realizavam os exercícios disciplinadamente.
Essa escola tradicional não realizou seus objetivos como educação democrática e, as críticas foram se avolumando, levando a educação a formular outra teoria.
A pedagogia Nova.
A nova pedagogia começa esboçando uma nova maneira de interpretar a educação. Segundo essa nova teoria a marginalidade deixa de ser vista sob o ângulo da ignorância.
Vê-se o marginalizado como um rejeitado, pelo grupo e por toda a sociedade.
Os principais representantes da nova pedagogia, como: Montessori, Decroly e outros, viam marginalização também pelas crianças normais.