Escola de comunicação
O CIESPAL foi muito criticado na época, visto como um ponto de apoio a politica de intervenção dos Estados Unidos no continente. Esta data também marca um redirecionamento de suas atividades e coincide com a emergência de uma escola latino-americana. Christa Berger (2001) resume bem este movimento que deu início a escola americana, enfatizando que
É entre o final dos anos 60 e início dos 70 que se inaugura uma reflexão efetivamente latino-americana sobre a comunicação, pois as condições estruturais do subdesenvolvimento passam a ser consideradas e incorporadas na analise dos meios [grifos nossos].
Mas esse estudo teve influência de diversas áreas do conhecimento, o que rendeu diversas vertentes teóricas. Segundo Temer e Nery (2009) a escola Americana pode ser dividida em três fases, sendo elas:
- A primeira a da pesquisa em comunicação ou mais conhecida como Mass Communication Research, em especial pelo estudo da teoria Hipodérmica;
- A segunda fase se apresenta como uma forma mais consolidada da pesquisa em comunicação, fortemente marcada pela questão social, conhecida como Corrente Funcionalista ou Funcionalismo;
- A terceira é pautada pela influência direta das escolas de comunicação, no caso jornalismo, e a preocupação com as práticas profissionais, denominada de Estudos dos Efeitos em Longo Prazo.
Alguns dos fatores que impulsionam os estudos da comunicação na América Latina foram, o impacto social dos meios de comunicação em massa, os estudos frankfurtanos, demandas policio-sociais, os contextos que fazem parte do sonho e luta por um socialismo, metodologias de desenvolvimento do espaço rural, investimento econômico, bem