Esclerose multipla
Um assunto de que muito se tem ouvido falar nos últimos anos é a esclerose múltipla, que coloca o organismo em degeneração progressiva e, no longo prazo, impede o portador de realizar as suas atividades normais pelo acúmulo de incapacidades.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune e a melhor forma de entender o significado dessa expressão é conhecendo o funcionamento do próprio sistema imunológico.
Autoimunidade
O nosso corpo possui um complexo sistema contra invasões externas, com mecanismos de defesa capazes de reconhecer praticamente qualquer tipo de agressão ou invasão.
A complexidade desse sistema está na habilidade de distinção de três agentes principais:
o que é danoso para o organismo o que é parte integrante dele – como células, tecidos e órgão o que é externo, mas não traz danos - como os alimentos, por exemplo.
Para nossa contínua proteção, dispomos de uma espécie de arquivo de anticorpos em nosso organismo. O corpo consegue identificar todos os agentes externos que já estiveram em contato conosco desde o nascimento e prepara-se para se defender rapidamente com as armas que possui.
É durante a nossa formação enquanto feto, no útero da mãe, que o sistema imunológico é composto. O seu primeiro trabalho é reconhecer tudo que é próprio do corpo para, mais tarde, reconhecer o que é estranho a ele.
As doenças autoimunes - como diabetes, lúpus, vitiligo, artrite reumatoide e esclerose múltipla, entre outras – ocorrem exatamente quando o sistema de defesa deixa de reconhecer o que é próprio e passa a produzir anticorpos contra células, tecidos e órgãos do corpo.
Esclerose Múltipla
A autoimunidade da esclerose múltipla compromete principalmente a chamada bainha de mielina, que pode ser identificada como uma capa que envolve os nossos condutores nervosos (que levam impulsos do corpo ao cérebro e vice-versa) e que permite uma condução mais rápida e energética dos impulsos