Escassez de engenheiros
O governo federal já reconheceu essa área como estratégica para o País. Ainda assim, o Ministério da Educação tem dificuldade em incentivar novos cursos. Falta de profissionais para ensinar e o alto custo da criação de laboratórios inibe instituições privadas, que preferem se dedicar a áreas mais simples, como Pedagogia, Administração ou Direito, ou investir em cursos como Medicina e Odontologia, que têm alto custo mas também alta procura e rendem mensalidades caras.
Tanto que a Engenharia é uma das únicas áreas do ensino superior em que a distribuição de vagas é praticamente meio a meio entre públicas e particulares. Na soma geral, 75% das graduações estão na mão de faculdades privadas.
Dos cursos autorizados no período de 12 meses, mais uma vez Administração é campeã: foram 63. Número igual ao de Ciências Contábeis. As denominações de Engenharia - que vai desde a civil até naval e aeronáutica, passando por florestal, entre outras - somam 77.
Desde 2002, o número de vagas disponíveis em cursos dessa área cresceu 40%. Parece muito, mas o patamar de partida era muito baixo. Em 1991, enquanto Direito já tinha 35 mil vagas nos vestibulares, Engenharia mal passava de 5 mil. Hoje, todos os cursos de Engenharia no País somam pouco menos de 120 mil vagas - excetuando-se ainda Engenharia de Alimentos e outras denominações que são, na verdade, cursos de tecnologia. É pouco mais de