escanometria
A primeira medida é feita na escanografia, entre o ponto mais alto da cabeça femoral e a projeção do centro da incisura intercondiliana, em uma linha que tangencia os côndilos femorais (Figura 5a). Procedimento idêntico é feito no membro contralateral (Figura 5a'); a diferença entre estas duas medidas representa o encurtamento femoral.
A segunda medida é a distância do mesmo ponto da linha entre os côndilos femorais, até o ponto mais baixo da superfície articular da tíbia, no tornozelo (Figura 5b). Repete-se esta medida no osso contralateral (Figura 5b'); a diferença entre estas duas medidas representa o encurtamento tibial.
A terceira medida é feita diretamente do ponto mais alto da cabeça femoral até o ponto mais baixo da superfície articular da tíbia (Figura 5c). Isto é repetido no membro oposto (Figura 5c'); a diferença entre estas duas medidas foi chamada, por Farill, de encurtamento funcional.
Finalmente, a quarta medida refere-se à altura do pé. Ela é feita do ponto mais baixo do tálus, na superfície articular tibiotársica, até a linha proporcionada pela lâmina de chumbo na face posterior da bancada de madeira (Figura 6d); repete-se esta aferição no pé contralateral (Figura 6d’). A diferença entre estas duas medidas equivale ao encurtamento do pé.
Figura 6. Locais das medidas para o cálculo do encurtamento dos pés.
Cálculo e análise das diferenças
A assimetria no comprimento dos membros inferiores pode ser devida, basicamente, a três tipos de alterações: a primeira é quando temos ossos com tamanhos diferentes em relação aos contralaterais; a segunda é quando temos um paciente com desvio em varo ou em valgo assimétrico, ou seja, quando um membro possui uma curvatura maior que a do membro do lado oposto; a terceira é quando temos fêmures e tíbias isométricas e pés com alturas discrepantes. A superposição dessas alterações é freqüentemente encontrada, tornando indispensável a avaliação de todas as medidas em