Escalas De Intimidade
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade de Coimbra
Escalas de Intimidade
Relação interior|exterior na arquitectura da casa
Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura de Amilcar Miguel Rodrigues Teixeira Soares
Orientada pelo Professor Doutor José Fernando Gonçalves
Coimbra, Agosto de 2009
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
3
CAPÍTULO I
Industrialização e as novas capacidades de conceber espaço
9
Transformações sócio-eonómicas
Exposições universais
A natureza na arquitectura de Frank Lloyd Wright
25
Fenêtre à longueur de Le Corbusier
33
O espaço fluente
Villa Savoye
Casas-pátio de Mies van der Rohe
45
CAPÍTULO II
Conceitos de intimidade
53
Encerramentos
59
Transparências
71
Filtros de exterior|interior
85
Planos transparentes|opacos
97
Conchas envolventes
107
CONCLUSÃO
117
BIBLIOGRAFIA
121
FONTES DE IMAGENS
129
1
2
INTRODUÇÃO
“Projectar de fora para dentro, assim como de dentro para fora, cria tensões necessárias que ajudam a fazer arquitectura. Como o interior é diferente do exterior, a parede - o ponto de mudança - torna-se um evento arquitectónico.” 1
Venturi
Projectar significa sempre definir limites de um vazio espacial. Estes limites trazem consigo todo um conjunto de relações, de conceitos dualistas: aberto|fechado, dentro|fora, luz|sombra, público|privado, que quando concretizados vão caracterizar a obra construída.
Mas para que estes dois conceitos de interior e exterior possam coexistir, tem de existir um elemento de separação - elemento parede - que se torna o elemento preponderante neste jogo de relações. Este elemento é o ponto de mudança, de transição interior|exterior.
É a fronteira que se assume como limite do espaço, o protagonista da concepção do espaço, o mecanismo que o arquitecto utiliza para delimitar o espaço.
Este jogo de tensões que existem entre interior e exterior, as diferentes formas de materializar esta fronteira, captou a minha atenção. Surgem então as