Erros laboratorio
691-698 (2002)
Mini-revisão
Erros em Laboratório Clínico
PIERANGELO BONINI, 1,2* MARIO PLEBANI, 3 FERRUCIO CERIOTTI, 2 e FRANCESCA RUBBOLI2
Background: Recentemente, o problema dos erros médicos vem recebendo muita atenção, que provavelmente crescerá. Nesta mini-revisão focalizamos a questão nos campos de Laboratório Clínico e transfusão de sangue.
Métodos: Realizamos várias pesquisas on-line no banco de dados MEDLINE e manualmente na literatura. Limitamo-nos aos últimos oito anos, a fim de identificar resultados que não tivessem sofrido bias devido à tecnologia obsoleta. Além disso, coletamos dados sobre a freqüência e tipo de erros pré-analíticos em nossa própria instituição
Resultados: A nossa pesquisa revelou uma grande heterogeneidade no design e na qualidade dos estudos sobre o assunto, bem como uma quantidade relativamente reduzida de dados, e ainda a falta de uma definição aceita por todos para “erro de laboratório” (também chamado de “erro grosseiro”, “engano”, “problema” ou “defeito”). Apesar dessas limitações, observamos concordância considerável na atribuição de erros ao processo de trabalho em laboratório: a maior parte ocorrendo nas fases pré ou pós-analítica, enquanto uma minoria (13-32% segundo os estudos) ocorreu na fase analítica. Nos relatórios, a freqüência de erros foi relacionada com a maneira como eram identificados: descobriu-se uma quantidade substancialmente maior de erros quando era feita uma análise cuidadosa do processo do que quando os estudos dependiam de reclamações ou relatórios de ‘quase’ acidentes.
Conclusões: A grande heterogeneidade existente na literatura sobre erros de laboratório, juntamente com a prevalência da evidência de que a maioria dos erros ocorre na fase pré-analítica sugerem a implementação de uma metodologia mais rigorosa na detecção e classificação desses erros, assim como a adoção de metodologias apropriadas para a sua diminuição. As auditorias clínicas devem ser utilizadas como