Eros
A preocupação com as paixões é tão antiga que é anterior à filosofia, e é no pensamento pré- filosófico que encontramos rudimentos sobre o tema.
De certa forma que, quando a filosofia surge, ela se aproveita de muita coisa, da mitologia, que já existia antes.
Uma obra fundamental que é a Teogonia, é possível ver a descrição do surgimento dos deuses. Surgem 4 deuses de cara:
Caos – não corresponde à nenhuma figura humana. A melhor maneira de entendê-lo é uma queda que não termina mais.
Gaia – é o fim da queda, é a terra, é o chão propriamente.
Eros – a terceira divindade – é o princípio da vida. Eros garante vida a tudo o que vive, é o fundamento de todo o vivente.
É a quantidade de energia que você disponibiliza para sobreviver.
Se existe vida, existe Eros.
Esta primeira idéia demonstra o quanto o imaginário do amor, é longínquo. No que diz respeito a seqüência dos deuses, Eros veio antes de logos. A preocupação com Eros é tal que ela se antecipa até mesmo ao seu grande contraponto, que é a razão.
O assunto das paixões que em um primeiro momento foi considerado divino.
Com o binômio Sócrates – Platão, a filosofia sofre uma reconfiguração.
Platão conta então o que exatamente pensava Sócrates. Platão consagra a Eros um diálogo só, o banquete.
Por que o banquete não tem o nome de um adversário de Sócrates?Porque Platão quis enfatizar o contexto.
O banquete se apresenta na forma de uma comemoração de Agatao,vencedor de um concurso teatral. ( Platao tinha uma enorme richa com tudo o que não era filosofia).
O primeiro a falar é Fedro.
Fedro é alguém muito importante, ele é uma personagem no platonismo, que mereceu um espaço no banquete, mas ganhou um discurso só pra si.
Fedro disse Eros é o mais antigo dos deuses, e sendo o mais antigo, é mais antigo do que o homem, sendo no mínimo contemporâneo ao homem, portanto não há vida humana sem Eros, ou seja, Eros é essencial ao homem.
Fedro do banquete diz que o amante é moralmente