Eros
Para Platão, o Eros, pode ser ligado à tirania dos sentidos, onde muitas vezes, o ser, trai sua consciência e alma, procurando satisfazer suas necessidades carnais, trazidas pela irracionalidade da paixão. É dessa forma que é retratado o amor, no primeiro discurso do Fedro, um jogo ímpio, capaz de levar ao delírio, desarmonizando qualquer alma. No segundo discurso, Platão julga o amor, como algo sagrado, capaz de nos elevar a outro nível, Platão se utilizou desse dialogo para fazer crítica a retórica de seu tempo, onde teria a intenção de substituir pela retórica filosófica, sendo que tal método seria capaz de persuadir a alma de qualquer individuo, harmonizando-o .
No Eros Platônico, a alma é descrita em três etapas: Alma de ouro, a racional, capaz de comandar a cidade, sua característica é a sabedoria. Alma de prata, a irascível, capaz de auxiliar os chefes, sua característica é a coragem. Alma de bronze (ferro), a irracional e apetitiva, sujeita somente a obedecer às ordens dos chefes e se submeter aos seus apetites, sua característica é a temperança. Sendo assim, temos o Filósofo, o ambicioso e o interesseiro.
Segundo Platão, a má educação é em quase toda responsável pela degradação da alma, porém, podemos refletir à respeito, fazendo uso de nosso tempo atual, onde de fato, a má educação é responsável por grande parte dos problemas de uma sociedade, então não basta compreender ambos os discursos do Fedro, sem entender o contexto que no qual ele foi escrito. Vejo que não há como, buscar a plena felicidade, sem fugir a parte racional da alma, onde todo e qualquer sentimento, é