Ernesto Geisel
A sucessão presidencial nesse período foi de certa forma calma. Havia um consenso por parte das Forças Armadas que era necessário um processo de abertura política e democrática. Porém é necessário lembrar que essa abertura fosse lenta e gradual. O governo Geisel foi à verdade um preparativo para a abertura. A economia brasileira que crescera a altos índices não tem o mesmo fôlego, assim à questão política torna-se complexa e o governo não tem a mesma facilidade de alienar a sociedade, pois começam a faltar empregos e há um aumento da pobreza em grande parte pela volta da inflação. Isso diminui a popularidade do governo que tem de tomar medidas drásticas para garantir a sua governabilidade e os rumos do golpe. Nas eleições de 1976 era certo que a ARENA iria sofrer uma derrota sem precedentes. Isso iria refletir diretamente no processo de manutenção do regime. Medidas tinham de ser tomadas para frear a abertura que apesar de estar em processo, deveria ser lenta e gradual. O governo perdia força a cada momento. O ponto central dessa perda ocorre em 1977, quando legislativo e executivo entram em choque. O governo não tinha mais dois terços do Congresso para aprovar as suas medidas. Assim em 1977 Geisel cria o “Pacote de Abril”,
Essa foi uma medida radical que colocou o Congresso em recesso. Com isso todos os seus projetos foram aprovados sem passar pelo Legislativo. Ocorreram também outras transformações que dizer respeito à organização política. Alterou-se a proporcionalidade da composição das bancadas dos deputados federais dos estados. Quer dizer que agora os estados do nordeste (que no geral eram comandados pela ARENA), passaram a ter mais representantes que o sudeste quem tinha maior força o MDB. O cúmulo acontece em relação ao senado. Foram criados os chamados
“Senadores Biônicos”, quer dizer que esses elementos foram escolhidos com o objetivo de defenderem o governo e acabar com a maioria do MDB. Outro fator que