Ernest Rutherford E Suas Descobertas
Em 1899, pesquisando o urânio, na Universidade Mcgill de Montreal, no Canadá, constatou que um tipo de radiação emitida por esse elemento era facilmente bloqueado por uma folha fina de metal. Deu-lhe o nome de raios alfa, embora ainda desconhecesse sua natureza. Outra forma de radiação mais penetrante e bloqueada com espessuras bem maiores de matéria, foi batizada como raios beta. Tais descobertas foram importantes para o futuro trabalho de Rutherford com seu colega Frederick Soddy. Ambos estabeleceram as bases da teoria da radioatividade.
Em 1907, Rutherford foi trabalhar em Manchester, Inglaterra, época em que descobriu que os raios alfa consistiam em um fluxo de átomos de hélio carregados positivamente, ou seja, átomos de hélio sem seus elétrons. Essa descoberta foi feita recolhendo o gás resultante da passagem de partículas radioativas através das paredes de uma câmara de vácuo, e demonstrado que o gás era hélio. Essa descoberta lhe valeu o Prêmio Nobel de Química, em 1908.
Em 1910, Rutherford e seu assistente Geiser colocaram uma folha de ouro bastante fina interceptando um feixe de partículas alfa com energia suficiente para penetrar através da folha e que era proveniente da desintegração espontânea de elementos radioativos naturais. Observou-se que algumas partículas ficavam totalmente bloqueadas, outras não eram afetadas, mas a maioria ultrapassava a folha sofrendo desvios. No fim de todo o processo concluiu que a matéria da folha metálica, e sem dúvida toda e qualquer matéria, é bastante rarefeita, constituída quase que toda de espaços vazios, sendo o diâmetro dez mil vezes menor que o do átomo inteiro. Tal é o modelo de átomo nucleado, proposto por Rutherford, e que em linhas gerais é usado até hoje.
Rutherford inspirou toda a moderna teoria atômica, ao afirmar que o átomo era nucleado e sua parte positiva se concentrava num volume extremamente pequeno, que seria o próprio núcleo. Os elétrons seriam extra