Ergonomia
Desta forma, a reestruturação produtiva é nada mais do que a adoção de novos padrões organizacionais demandados por este novo contexto mercadológico instável, visando atender às necessidades de garantias de lucratividade das empresas. Esses novos padrões são percebidos no sentido de que, as empresas devem introduzir tecnologias informatizadas, novas práticas administrativas, entre outros. Como consequência dessa reestruturação, o que se percebe é um novo molde no exercício do trabalho. Se antes, no modelo de produção taylorista-fordista o trabalho já era abstrato, no sentido de o trabalhador não conseguir se identificar com o produto do seu trabalho, na atual conjuntura essa abstração teve um aumento exponencial, já que a introdução dessas tecnologias intensificou o ritmo de trabalho e as exigências que hoje são feitas. Assim, se antes, no modelo de produção anterior eram “os braços do trabalhador que deveriam descer na fábrica, hoje são, não só os braços como também sua própria alma (cognição/conhecimento)”.
Com esse exacerbado empenho exigido do trabalhador, percebe-se uma resultante problemática no que diz respeito a sua sanidade física e mental. Visto que o estudo referente à saúde do trabalhador cada vez mais aponta desafios para esse campo, sendo que de um lado persistem as formas de adoecimento características do taylorismo-fordismo, causadas pelos riscos tradicionais como a contaminação, os acidentes, a surdez e o excesso de esforço. De outro lado, temos o surgimento de doenças psíquicas (depressão, stress, insônia, fobias, dentre outras) associadas às novas