Ergonomia e Segurança no Trabalho
O trabalho ocupa sem dúvida um lugar central nas nossas vidas. Dele depende geralmente a nosso sobrevivência económica, mas o trabalho dá-nos certamente mais do que conforto económico.
A gestão do nosso dia é feita em torno do trabalho; os nossos horários diários, semanais ou menos anuais são definidos em torno do trabalho.
E o trabalho dá-mos ainda a realização profissional, o reconhecimento das nossas capacidades, a satisfação de temos laçando mais um objectivo, vencido mais uma luta.
O trabalho é efectivamente uma poderosa forma de expressão humana. Trabalhando o homem expressa a sua personalidade, a sua identidade, a sua coerência de vida.
No trabalho o homem expressa as suas necessidades e valores; as suas aspirações; expressa a sua ligação ao outro e afirma a sua sociabilidade.
No trabalho o homem exprime-se ao mundo e expressa-se a si próprio. Nesse sentido ele revela-se uma dimensão fulcral na existência humana.
Mas nem sempre tudo corre bem. E o trabalho pode ter o reverso da medalha e pode proporcionar mal-estar, desequilíbrio, frustração e doença. A natureza de determinados trabalhos inibe a plena expressão humana.
De facto, qualquer trabalho que se baseie em tarefas elementares e rotineiras, que se caracterize por qualquer forma de monotonia, conduza despersonalização do indivíduo.
E assim coloca em perigo o equilíbrio mental do trabalhador. Mas também pode degenerar em doença física, porque as doenças profissionais e os acidentes de trabalho são uma realidade dos nossos dias e do nosso país.
Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho, todos os dias morrem em média 5000 pessoas devido a acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho.
Segundo a mesma fonte, os trabalhadores sofrem cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho (mortais e não mortais) e são registados aproximadamente 160 milhões de doenças profissionais.
Que a frieza dos números não nos leve à ideia de que são