Ergonomia frente à inclusão de um artefato operatório
Dioni Fernandes
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar que tipo de competências devem ser desenvolvidas por parte do trabalhador frente à implantação de um novo artefato. O estudo se deu em um posto de trabalho cuja principal tarefa é a movimentação de carga. Constatada a sobrecarga à estrutura músculo-esquelética através de ferramenta de avaliação ergonômica, propõe-se que a carga seja movimentada utilizando-se transpaleteira elétrica. Para isso, é necessário que o operador tenha um novo aprendizado do modo operatório, criação de novo padrão de movimento, percepção, e o desenvolvimento de novas habilidades para futuras competências.
Palavras chave: competências; artefato; movimentação de carga; transpaleteira elétrica.
1. Introdução
A participação humana no trabalho tem sofrido frequentes e constantes modificações, devido o desenvolvimento de tecnologias, com a introdução da informática, automação e robotização do trabalho. Segundo Iida (2005), muitas tarefas repetitivas e que exigiam o uso de forças foram transferidas para as máquinas, restando, ao homem, as tarefas de programação, manutenção, comando e controle destas máquinas. Para tal realização da ação é preciso que o operador desenvolva novas competências frente à nova realidade que se impõe, criando então novas representações do trabalho e desenvolvendo estratégias operatórias até então desconhecidas, porém, com a repetição das ações cria-se uma memória, e a partir daí o desenvolvimento de habilidades. Com o passar do tempo o operador apresenta o conhecimento da atividade, experiência, o que o habilita a estar apto para tomada de decisões em problemas relacionados ao seu dia-a-dia, ao executar uma tarefa específica. A junção do conhecimento, habilidade e experiência gera a competência, onde, segundo Montmollin (1990) define