Erasmo
Nascido em Roterdã em 1469 e falecido em Basel em 12 de julho de 1536, Desiderius Erasmus foi o maior intelectual europeu do século dezesseis. Usando a filologia de que haviam sido pioneiros os humanistas Italianos, ajudou a lançar os fundamentos para o estudo histórico-crítico do passado, especialmente em seus estudos do Novo Testamento grego e dos Padres da Igreja. Suas obras educacionais contribuíram para a substituição do velho currículo escolástico pela nova ênfase dada aos clássicos pelo humanismo renascentista. Por criticar os abusos eclesiásticos, enquanto apontava para uma época melhor no passado distante, ele encorajou a urgência por reformas, as quais encontraram expressão tanto na Reforma Protestante como na contra-reforma Católica. Finalmente, sua posição independente em uma época de controvérsias religiosas ferozes -- rejeitando tanto a doutrina de Lutero da predestinação quanto os poderes que eram reivindicados pelo papa -- fez dele um alvo da suspeita dos partidários dos dois lados e um farol para aqueles que valorizavam a liberdade mais do que a ortodoxia. Órfão junto com um irmão escolheu ser padre Agostiniano. Após sua ordenação em abril de 1492, foi secretário para latim do bispo de Cambrai. O bispo o enviou à Universidade de Paris para estudar teologia em 1495, após o que ele foi, por algum tempo, professor particular.
OBRA DE ERASMO
A obra de Erasmo apresentou um programa de ensino fundado na natureza, no método e no exercício, cuja estratégia era baseada no ensino gradual e progressivo, das noções simples às mais elevadas, das fábulas às gramáticas gregas e latinas. Tudo isso iniciado pelo estudo da linguagem. Assim, segundo ele, seria possível moldar um bom caráter através da educação. O texto não é longo e é dirigido a um educador preocupado com a educação de seu aluno, um nobre. Nele são comuns exemplos sacados da vida cotidiana e as referências aos autores clássicos, cristãos ou não, demonstrando a grande